domingo, 2 de setembro de 2007

Histórias da Bandalha


Dois bandalhas perdidos numa tarde suja depois de algumas cervejas no bucho e muita sola do tênis gasta no roteiro de museus da Luz. A última visita, no Museu de Arte Sacra, foi a cereja do bolo, o gran finale de toda a trajetória depois de clarices, missão artística francesa e uns russos no meio do caminho.

Monitora: Vamos ver um acervo em que boa parte dos trabalhos é de artistas desconhecidos e blábláblá essa é a Nossa Senhora blábláblá vocês sabem que Nossa Senhora é essa?

Devota do ódio: É a da Conceição.

Monitora: Isso! É a Nossa Senhora da Conceição blábláblá vocês sabem por que?

Silêncio. Os grilos fazem cri, cri.

Monitora: É por causa da posição das mãos. Se elas estão juntas assim é da Conceição blábláblá assim é a das Dores blábláblá assim é a da pqp.

Alan espírito de porco (mostrando o dedinho da Eliana): E se ela está com o dedo assim?

Thaís: É a Nossa Senhora dos prazeres, Alan.

Aquela que todo brasileiro deveria ser devoto. Porque a gente vive tomando e não gozando.

***

Monitora: Essa é a Santa Bárbara.

Devoto do ódio: Mas o que ela tem a ver com Iansã?

Monitora: Na história dela ela está relacionada aos ventos também.

Alan: Que nem a Tempestade do X-Men.

Monitora (eureca!): É vocês podem fazer essas relações com seus alunos!

Pois é, gente, Aleijadinho seria um voraz leitor da Marvel.

***

Mas o melhor mesmo ficou por conta do Frei Galvão. Sim, o tal santo brasileiro.

"Só são distribuídos 3 pacotes por dia. Não insista". Dizia o cartaz na parede.

O mesmo valia para as pílulas do Frei. Umazinha só.

A gente garante. O bagulho é do bom. A Igreja quando faz, faz direitinho.

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Atenção: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

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