terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Carnaval em Sampa parte dois


Continuando a saga do Carnaval em Sampa, onde nossos intrépidos heróis, Thais, Alan, Ale Riviello e Cláudia Cascarelli resolveram curtir o Carnaval em São Paulo...

Finalmente uma proposta de consenso: tomar umas no Bexiga ( atual Bela Vista, hurra meu) pra esquentar os tamborins antes de entrar em alguma casa pra dançar. O Alê tava com fome e propôs comermos uma paçoca de carne seca no Rancho Nordestino. Sentamos e foi aí que o Carnaval tomou um outro rumo pra mim. Estou tomando um ansiolítico básico (nem tarja preta é, só uma fórmulinha manipulada) e perguntei pros amigos presentes se eles achavam que beber me traria algum efeito colateral. “Que nada, só vai cortar o efeito foi a resposta unânime da galera, e eu que nunca dei razão pro Nelson Rodrigues me encalacrei nessa. Além das cervejas inventei de chamar as maravilhosas pingas vendidas no local, divididas no cardápio pela região que são encontradas. E desce Caranguejo, e tome Boazinha. Eitcha, que minha escola de Samba vai cair pra segunda divisão. Ao sair do bar uma festa muito mais colorida se abriu pra mim. O verdadeiro Carnaval de São Paulo. Aquele escondido nas frestas dos muros imundos dessa cidade insana, embaixo da sujeira das unhas , incrustado entre o concreto e o tijolo. Descendo a Major Diogo bati um papo com uma amostra disso na figura de uma prostituta de sessenta anos a qual eu perguntei se tinha algo pra fumar. Uma digna personagem felliniana, a Cabíria rediviva do século XXI e muito mais pirada que a personagem de Giulieta Masina. Discutimos sobre Jesus e suas reais intenções enquanto ela explicava que aproveitaria nossa carona ( detalhe, estávamos a pé), por que queria se sentir protegida. E quem protege quem aqui? A velha senhora nos deixa na nossa busca (a essa altura nenhum de nós tinha mais certeza do que procurava), Perguntamos por diversão para alguns garotos engravatados, mas ninguém sabe bem onde achar nada, muito menos esses pobres rapazes que tinham que trabalhar em um hotel em pleno sábado de folia.

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