sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O grande colecionador involuntário de merdas

Quando eu era criança torcia para fazer o maior cocô possível. E quando isso acontecia eu sentia um certo orgulho. Agora adulto é o contrário: constranjo-me com minhas fezes e a menor dúvida sobre o sistema hidrosanitário me faz suar...mas, principalmente nas reuniões sociais em casa de outrem (porque na sua casa tudo bem, todo mundo tem o direito de cagar sossegado). Por isso, desenvolvi técnicas de contração anal (nivel 3) e de pancadas massoterápicas localizadas. Outra dica é dar uma descarga a cada projeção fecal.

Paradoxalmente, quando o privado vira público acontece a mesma coisa. Eu nunca conheci um banheiro público que valesse a pena (talvez exista um em Curitiba). O trauma que dá toda vez que empurro a portinha ou ergo a tampa (às vezes é sadio usar os pés) pode parecer frescura burguesa, mas considere que já morei 4 anos em uma pensão e já vi dos mais diversos formatos e cores que gostaria.

Mas por que se preocupar com uma coisa que ninguém dá a mínima, que todo mundo joga fora? Literalmente: uma bosta?! Obrigo-me a pensar no lado positivo deste assunto e só consegui isso: o grande colecionador involuntário de merdas! “Colecionador” é a palavra-chave da frase. “Grande” dá magnitude. E o “O” indica que não é qualquer um. “Involuntário” diz que eu não tenho culpa de ser assim.

Será que eu sumo com esse post aqui?

Um comentário:

Alan Livan Bandalheira disse...

Não! Não suma com esse post não!
Háháhá
Fenomenal esse texto. Cheira ( epa) a Divine e sua gang infernal. Cheira ( opa) a algho de maldito, de Artaud. Continue soltando ( ixi) sua obras aqui nesse blog!