Carnaval em Sampa parte três

Continuando a aventura dos quatro malucos pelas ruas de Sampa em plano Carnaval. Texto de Alan, com comentários em negrito de Tathoca

Um táxi passa com um travesti enorme dentro – o que era aquilo? Uma cópia da Divine, o traveco que comeu merda no célebre filme Pink Flamingos do John Waters. Oh, meu coração disparou de alegria ao ver um dos meus ídolos juvenis. Paro o carro e pergunto onde poderíamos encontrar uma balada boa aquela hora. Onde o Carnaval estaria bombando? Ouço um bolo de noiva me responder que era no Ibirapuera (destino estranho para o Carnaval, será que o nosso Sambódromo mudou para a Praça da Paz? Ah, esses ansiolíticos do Alan...) e que estaria indo pra lá. Longe demais para quatro perdidos como nós. Que tal voltar a adolescência um pouco? Um orelhão, uma lista de telefones de amigos, e lá vai eu como um títere de três malucos acordar a galera. Salve o 9090, músiquinha chata e depois minha voz algumas vezes disfarçadas anunciando coisas como eu sou seu pior pesadelo...Isso deu muito pano pra manga. Apesar do Alan se declarar um títere (pobre criança) era ele quem mais colocava lenha na fogueira com os telefonemas. Sobrou até para gente que que estava nem ai para ver o seu bloco passar na rua. Claro que o Alan não vai fazer menção alguma ao fato de ter abaixado as calças no meio da Consolação pra ver a Mangueira passar, com o risco de perder a simpatia das leitoras desse blog. Alalahô, mas que calor...